Na Coreia do Sul, as potências mundiais teriam de encontrar uma fórmula de compromisso entre grandes exportadores e grandes consumidores, conflito que está causando a guerra cambial.
ROBERTO KOVALICK
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Os chefes de Estado e governo do grupo dos 20 países com as maiores economias estão longe de resolver o principal assunto da reunião.
Na Coreia do Sul, o G-20, como é chamado esse grupo de países, teria de encontrar uma fórmula de compromisso entre grandes exportadores e grandes consumidores, conflito que está causando a guerra cambial.
Para Barack Obama, o G-20 começou com um revés. No seu primeiro encontro bilateral, o presidente americano e o presidente sul-coreano anunciaram que não conseguiram chegar a um acordo para ampliar as exportações americanas para a Coreia do Sul. É mais uma derrota para o governo americano, e um sinal de que o encontro das principais lideranças mundiais pode terminar apenas na retórica.
No centro das discussões sobre a guerra cambial, os presidentes das duas maiores economias do mundo se reuniram antes do início oficial da cúpula. Hu Jintao se comprometeu a valorizar o iuan, mas aos poucos. E manifestou a vontade da China em fortalecer o diálogo e a cooperação com os Estados Unidos.
Já Obama disse que os dois países têm que buscar um equilíbrio firme e sustentável. Depois, o presidente americano se encontrou com a chanceler Angela Merkel e deve ter ouvido mais criticas sobre a decisão do Banco Central americano de bombear US$ 600 bilhões na economia e, consequentemente, desvalorizar a moeda.
Uma questão grave e que gera um protecionismo camuflado, segundo Dilma Rousseff, que fez sua estreia internacional após ser eleita presidente. “A política do dólar fraco faz com que o ajuste americano fique na conta das outras economias. A melhor solução seria não haver desvalorização do dólar. Essa seria a solução”, afirma.
O presidente Lula disse que o mundo vai à falência se os países ricos não estimularem o consumo interno. ”Todo mundo quer ganhar mais fazendo exportação, e não é possível, porque o mundo emergente não consegue suportar, ser responsável pelo aumento da produção e aumento do consumo ao mesmo tempo”, diz o presidente.
O reequilíbrio do comércio internacional vai depender da capacidade dos chefes de governo em coordenarem políticas econômicas. Até isso acontecer, eles direcionam as palavras para o que chamam de guerra cambial.
Enquanto na Europa, ganham destaque os temores de que a Irlanda, que não consegue diminuir o seu déficit público, recorra ao FMI para tentar colocar as contas em ordem.
Em um centro de convenções em Seul, o G-20 começa para valer. Os chefes de estado e de governo terão uma série de reuniões para tratar, além da guerra cambial, de outros temas como a reforma das instituições financeiras internacionais. À tarde, será divulgado o comunicado final. A expectativa é de que o documento defenda a necessidade de câmbio livre e redução da diferença entre os países que tem superávit comercial, caso da China, e os que têm prejuízo, como os Estados Unidos, mas sem nenhum compromisso ou exigência.
Por isso, muitos temem que a reunião do G-20 não seja suficiente para reduzir as tensões e evitar uma guerra comercial.
PASTOR JOAO NOGUEIRA DE LIMA. SEPARADO E UNGIDO POR DEUS PARA O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS E LEVAR CATIVO TODO CONHECIMENTO QUE NÃO SEJA DO NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO PARA GLORIA DE DEUS PAI.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Juristas discutem reforma política e defendem mudanças na legislação eleitoral
São Paulo - O presidente do Tribunal Eleitoral de São Paulo, desembargador Walter de Almeida Guilherme, defendeu mudanças na legislação eleitoral, que considerou defasada, para dar mais agilidade e eficiência às decisões relacionadas ao processo eleitoral. O magistrado participou hoje (10) de um seminário sobre reforma política, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo.
'Precisamos dar um rumo mais correto e rápido à legislação para que as decisões possam ser proferidas em tempo mais completo e para que a sociedade não fique nessa insegurança jurídica. Tivemos bons exemplos nessas eleições de coisas que devem ser resolvidas. A questão da ficha suja [por exemplo]. É bem verdade que a lei [da Ficha Limpa] foi promulgada próximo das eleições e, por ser um tema novo, alongou muito as discussões, o que traz um certo descrédito à sociedade'.
Almeida Guilherme disse ainda que é preciso discutir melhor o papel da mídia nas eleições, a visibilidade de candidatos que já são conhecidos da população e a divulgação de pesquisas. 'Aparentemente, um candidato que já aparece na televisão tem mais condição, tem certo desequilíbrio com o que não aparece. Ele leva vantagem e isso é inegável. O eleitor, às vezes, quer votar na pessoa conhecida e ela é aquela que aparece constantemente na televisão'.
O caso do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, também foi comentado. Na véspera do primeiro turno eleitoral, Roriz abandonou a candidatura ao governo do DF - ameaçada pela Lei da Ficha Limpa - e indicou a mulher dele, Weslian Roriz, para substituí-lo na disputa. Weslian perdeu a eleição para o candidato petista Agnelo Queiróz.
Para o procurador Regional Eleitoral do estado de São Paulo, Pedro Barbosa Pereira Neto, é preciso discutir se é razoável que um candidato a um cargo no Poder Executivo possa renunciar à candidatura na véspera da eleição e indicar, por vontade própria, uma pessoa desconhecida da sociedade. 'Isso parece que afronta não só a vontade da população que participa de um longo processo eleitoral, como tira qualquer sentido da campanha eleitoral, que serve para o cidadão tomar consciência do voto que deve dar'.
Segundo o procurador, o maior problema ocorre quando a substituição é feita na véspera da eleição, como no caso do casal Roriz. Ele disse que a substituição por renúncia está baseada apenas na vontade do candidato e não depende de mais nada. 'Esse é um problema sério porque, a rigor, o candidato que renuncia coloca quem lhe aprouver. Essa é uma questão que deve ser discutida porque fere enormemente a construção de um voto consciente no sentido de se saber quem é a pessoa que é candidata e que, eventualmente, será eleita'.
Edição: Vinicius Doria
Agência Brasil - Todos os direitos reservados.
'Precisamos dar um rumo mais correto e rápido à legislação para que as decisões possam ser proferidas em tempo mais completo e para que a sociedade não fique nessa insegurança jurídica. Tivemos bons exemplos nessas eleições de coisas que devem ser resolvidas. A questão da ficha suja [por exemplo]. É bem verdade que a lei [da Ficha Limpa] foi promulgada próximo das eleições e, por ser um tema novo, alongou muito as discussões, o que traz um certo descrédito à sociedade'.
Almeida Guilherme disse ainda que é preciso discutir melhor o papel da mídia nas eleições, a visibilidade de candidatos que já são conhecidos da população e a divulgação de pesquisas. 'Aparentemente, um candidato que já aparece na televisão tem mais condição, tem certo desequilíbrio com o que não aparece. Ele leva vantagem e isso é inegável. O eleitor, às vezes, quer votar na pessoa conhecida e ela é aquela que aparece constantemente na televisão'.
O caso do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, também foi comentado. Na véspera do primeiro turno eleitoral, Roriz abandonou a candidatura ao governo do DF - ameaçada pela Lei da Ficha Limpa - e indicou a mulher dele, Weslian Roriz, para substituí-lo na disputa. Weslian perdeu a eleição para o candidato petista Agnelo Queiróz.
Para o procurador Regional Eleitoral do estado de São Paulo, Pedro Barbosa Pereira Neto, é preciso discutir se é razoável que um candidato a um cargo no Poder Executivo possa renunciar à candidatura na véspera da eleição e indicar, por vontade própria, uma pessoa desconhecida da sociedade. 'Isso parece que afronta não só a vontade da população que participa de um longo processo eleitoral, como tira qualquer sentido da campanha eleitoral, que serve para o cidadão tomar consciência do voto que deve dar'.
Segundo o procurador, o maior problema ocorre quando a substituição é feita na véspera da eleição, como no caso do casal Roriz. Ele disse que a substituição por renúncia está baseada apenas na vontade do candidato e não depende de mais nada. 'Esse é um problema sério porque, a rigor, o candidato que renuncia coloca quem lhe aprouver. Essa é uma questão que deve ser discutida porque fere enormemente a construção de um voto consciente no sentido de se saber quem é a pessoa que é candidata e que, eventualmente, será eleita'.
Edição: Vinicius Doria
Agência Brasil - Todos os direitos reservados.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
falta bombeiros no estado de São Paulo
Faltam bombeiros no Estado de São Paulo
O Brasil não tem bombeiros suficientes para a segurança da população. “O Estado de São Paulo todo tem quase o mesmo número de bombeiros de Brasília, que tem uma população bem menor”, alertou o pesquisador e Coronel da Reserva, Paulo Chaves de Araujo, diretor do Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio, em reunião com o deputado Donisete Braga, esta semana.
O Coronel pediu apoio ao deputado para que bombeiros particulares e voluntários – bombeiros civis – continuem a ser chamados de bombeiros. Segundo ele, o governo estadual está prestes a assinar um decreto tratando do tema Bombeiros e nele pretende contrariar, segundo o Coronel, a Lei Federal 11.901/09 substituindo a definição de Bombeiro Civil por Brigada Particular ou Brigadista particular.
Explica que no Brasil, os bombeiros civis – existem desde 1892, tendo iniciado em Joinville, município que hoje contem uma contingente populacional de 478 mil habitantes e possui 10 postos dos bombeiros civil voluntários, mais do que o dobro do Corpo de Bombeiros Militares em Guarulhos – SP com uma população de mais de 1 milhão de pessoas.
“O Coronel trouxe dados importantes, que apontam a necessidade de tomarmos medidas no sentido de não só ampliar o número de Bombeiros Militares, mas também apoiar as iniciativas dos Bombeiros Civis”, disse o deputado.
Veja os dados
Há alguns exemplos de municípios paulistas, conforme levantamento do pesquisador, com grandes populações e que não possuem quartel de bombeiros:
Carapicuíba, município com 343.668 habitantes na Região Metropolitana de São Paulo não possui Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e depende do atendimento do município de Osasco, que com 696 mil habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.
Embu, com 234.200 habitantes e Taboão da Serra, com 216.900 habitantes, municípios na Região Metropolitana São Paulo, não possuem Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e dependem do atendimento do município de Itapecerica da Serra que com 152.300 habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.
Itapevi, com 190.400 e Francisco Morato, com 159.300, municípios na Região Metropolitana São Paulo, não possuem Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e dependem do atendimento do município de Barueri que com 248.000 habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.
Diadema, município com uma população de 383.600 habitantes possui apenas um quartel do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Lá, em 27 de março de 2009, ocorreu o incêndio na Indústria Química Di-All, destruindo várias residências em volta.
As Normas Internacionais recomendam um tempo resposta de no máximo cinco minutos para o atendimento a um incêndio. No caso do incêndio na Indústria Química Di-All em Diadema, segundo o Jornal Folha de São Paulo de 28-03-09, o tempo resposta foi de dez minutos.
Números do Estado de SP comparado com outros
São Paulo, o estado de maior população e maior orçamento do Brasil, que possui 645 municípios, possui cerca de 9.800 Bombeiros da Polícia Militar.
Só a cidade de Brasília possui cerca de 9.200 Bombeiros no Corpo de Bombeiros Militar
Rio de Janeiro, que possui 93 municípios, tem cerca de 18 mil Bombeiros no Corpo de Bombeiros Militar.
O Brasil não tem bombeiros suficientes para a segurança da população. “O Estado de São Paulo todo tem quase o mesmo número de bombeiros de Brasília, que tem uma população bem menor”, alertou o pesquisador e Coronel da Reserva, Paulo Chaves de Araujo, diretor do Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio, em reunião com o deputado Donisete Braga, esta semana.
O Coronel pediu apoio ao deputado para que bombeiros particulares e voluntários – bombeiros civis – continuem a ser chamados de bombeiros. Segundo ele, o governo estadual está prestes a assinar um decreto tratando do tema Bombeiros e nele pretende contrariar, segundo o Coronel, a Lei Federal 11.901/09 substituindo a definição de Bombeiro Civil por Brigada Particular ou Brigadista particular.
Explica que no Brasil, os bombeiros civis – existem desde 1892, tendo iniciado em Joinville, município que hoje contem uma contingente populacional de 478 mil habitantes e possui 10 postos dos bombeiros civil voluntários, mais do que o dobro do Corpo de Bombeiros Militares em Guarulhos – SP com uma população de mais de 1 milhão de pessoas.
“O Coronel trouxe dados importantes, que apontam a necessidade de tomarmos medidas no sentido de não só ampliar o número de Bombeiros Militares, mas também apoiar as iniciativas dos Bombeiros Civis”, disse o deputado.
Veja os dados
Há alguns exemplos de municípios paulistas, conforme levantamento do pesquisador, com grandes populações e que não possuem quartel de bombeiros:
Carapicuíba, município com 343.668 habitantes na Região Metropolitana de São Paulo não possui Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e depende do atendimento do município de Osasco, que com 696 mil habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.
Embu, com 234.200 habitantes e Taboão da Serra, com 216.900 habitantes, municípios na Região Metropolitana São Paulo, não possuem Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e dependem do atendimento do município de Itapecerica da Serra que com 152.300 habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.
Itapevi, com 190.400 e Francisco Morato, com 159.300, municípios na Região Metropolitana São Paulo, não possuem Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e dependem do atendimento do município de Barueri que com 248.000 habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.
Diadema, município com uma população de 383.600 habitantes possui apenas um quartel do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Lá, em 27 de março de 2009, ocorreu o incêndio na Indústria Química Di-All, destruindo várias residências em volta.
As Normas Internacionais recomendam um tempo resposta de no máximo cinco minutos para o atendimento a um incêndio. No caso do incêndio na Indústria Química Di-All em Diadema, segundo o Jornal Folha de São Paulo de 28-03-09, o tempo resposta foi de dez minutos.
Números do Estado de SP comparado com outros
São Paulo, o estado de maior população e maior orçamento do Brasil, que possui 645 municípios, possui cerca de 9.800 Bombeiros da Polícia Militar.
Só a cidade de Brasília possui cerca de 9.200 Bombeiros no Corpo de Bombeiros Militar
Rio de Janeiro, que possui 93 municípios, tem cerca de 18 mil Bombeiros no Corpo de Bombeiros Militar.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Igreja catolica
A Igreja Católica tem metas e critérios espirituais, mas lida com uma gigantesca estrutura de pessoal e emprega um engenhoso sistema de gestão financeira. Entenda como funciona o RH dessa multinacional da fé
Por Karla Spotorno e Marcelo Musa Cavallari
A igreja Nossa Senhora do Brasil, localizada num dos bairros mais elegantes de São Paulo, não tem mais datas disponíveis para casamento até o fim de 2010. No escritório com ar-condicionado, o vigário paroquial Anderson Banzatto, 27 anos, já está gerenciando, no notebook conectado à internet, os casamentos que só ocorrerão no ano que vem, sob a bela arquitetura da igreja, que atrai até turistas estrangeiros. Na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, uma das áreas mais carentes da Zona Sul de São Paulo, o padre Jaime Antônio Diaz Cadavid, 63 anos, recebe as pessoas nos bancos da igreja, uma construção simples que lembra um pequeno galpão. Não há escritório. Muito menos ar-condicionado e computador. Fosse uma empresa, a igreja católica talvez fechasse Santa Paulina, cuja receita gira em torno de R$ 2 mil por mês. Já o pároco da Nossa Senhora do Brasil receberia um generoso bônus.
Mas não é esse tipo de resultado que entra em consideração quando se trata de administrar a igreja. Com seus 5 mil bispos, 409.166 sacerdotes e 739.067 religiosos espalhados pelo mundo, segundo o Anuário Pontifício publicado no último dia 20 com dados de 2008, a igreja católica pode parecer mais um exército altamente hierarquizado sob as ordens do papa do que uma multinacional lucrativa. E se não é uma empresa, do ponto de vista administrativo a igreja funciona ao contrário de um exército: as menores unidades são autônomas em relação às maiores.
Administrativamente, entenda-se. A doutrina é a mesma, os sacramentos são os mesmos. O objetivo é o mesmo: “Evangelizar e cultuar a Deus”, nas palavras do padre Helio Pereira de Campos Filho. Não é o tipo de coisa que você está acostumado a ouvir de um supervisor administrativo. Mas é essa função que o padre Helio exerce como superintendente da Comissão Administrativa Metropolitana, o órgão responsável pela administração da diocese de São Paulo. Uma diocese é a região sob a jurisdição de um bispo. Os padres ligados a ela são os diocesanos, ou seculares. Algumas ordens religiosas têm padres também, mas gerenciados por essas ordens, cada uma com suas regras específicas.
A estrutura administrativa básica da igreja é a diocese. A de São Paulo, mesmo sem atingir toda a cidade, é a terceira maior do mundo, atrás apenas das mexicanas de Guadalajara e da Cidade do México. Como é muito grande, a diocese de São Paulo é uma arquidiocese, e o arcebispo, o cardeal Dom Odilo Scherer, conta com bispos auxiliares para ajudá-lo a geri-la. Dom Odilo responde diretamente ao papa e tem sob suas ordens os padres que cuidam das 287 paróquias da cidade. “As paróquias são comunidades que chegaram à condição de sustentar suas atividades religiosas”, diz o padre Helio. E assim é que a igreja, hierárquica na obediência, funciona de baixo para cima na administração.
Carreira nada ousada
A paróquia é autônoma. Vive do dinheiro que os fiéis dão como dízimo, como oferta durante as missas ou como espórtula, o pagamento para realizar casamentos, missas votivas, batizados. Com esse dinheiro, o pároco paga as contas (de água, luz...), financia todo tipo de atividade que a paróquia realiza e retira sua parte. Não há vínculo empregatício entre o padre e a igreja. Assim, ele não recebe salário, mas uma remuneração chamada côngrua, que cresce de acordo com o tempo de ordenação, mas está longe de representar um plano de carreira sedutor. Do primeiro ao quinto ano depois de ordenado, o padre recebe, em São Paulo, o equivalente a 2,5 salários mínimos. Do quinto ao décimo quinto ano, a côngrua equivale a três salários mínimos. Do décimo quinto ao vigésimo quinto, quatro salários e, daí em diante, cinco salários. Mesmo que o padre tenha outra fonte de renda (sim, isso é permitido), com alguma função na cúria ou dando aulas, ou que ainda receba o aluguel de um imóvel, a recomendação é que viva com no máximo sete salários mínimos, ou R$ 3.570 mensais.
Se a paróquia gerar dinheiro suficiente, pode contratar empregados. Na Nossa Senhora do Brasil, são 15 os funcionários, que administram também duas creches. Se não tiver recursos para contratar, a paróquia muitas vezes recorre ao voluntariado, outra forma de doação dos fiéis, em forma de trabalho, como acontece na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, onde todas as tarefas são realizadas pelo padre Jaime, com ajuda dos fiéis da comunidade. Colombiano de nascimento, padre Jaime estudou filosofia e teologia. Morou na Itália e em Londres. Depois de ordenado, trabalhou no Quênia, no Equador e na Amazônia colombiana. Quando completou 60 anos, foi designado para a paróquia de Heliópolis, embora não desejasse começar do zero um projeto de evangelização na idade de se aposentar. “Meus parentes não gostaram nada da mudança”, afirma padre Jaime.
Como uma multinacional que envia dividendos à matriz, cada paróquia tem de repassar à cúria, o órgão que administra a diocese, uma certa quantia. Trata-se de um valor fixo, não uma porcentagem, decidida pela cúria levando em consideração a capacidade de cada paróquia. A mesma relação que a paróquia tem com a diocese, esta tem com o Vaticano. Anualmente há alguns dias em que a coleta, o dinheiro arrecadado nas missas, vai para a sede mundial da igreja. Dia 29 de junho, por exemplo, é o óbolo de São Pedro, e o dinheiro migra para a cúria romana.
Por Karla Spotorno e Marcelo Musa Cavallari
A igreja Nossa Senhora do Brasil, localizada num dos bairros mais elegantes de São Paulo, não tem mais datas disponíveis para casamento até o fim de 2010. No escritório com ar-condicionado, o vigário paroquial Anderson Banzatto, 27 anos, já está gerenciando, no notebook conectado à internet, os casamentos que só ocorrerão no ano que vem, sob a bela arquitetura da igreja, que atrai até turistas estrangeiros. Na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, uma das áreas mais carentes da Zona Sul de São Paulo, o padre Jaime Antônio Diaz Cadavid, 63 anos, recebe as pessoas nos bancos da igreja, uma construção simples que lembra um pequeno galpão. Não há escritório. Muito menos ar-condicionado e computador. Fosse uma empresa, a igreja católica talvez fechasse Santa Paulina, cuja receita gira em torno de R$ 2 mil por mês. Já o pároco da Nossa Senhora do Brasil receberia um generoso bônus.
Mas não é esse tipo de resultado que entra em consideração quando se trata de administrar a igreja. Com seus 5 mil bispos, 409.166 sacerdotes e 739.067 religiosos espalhados pelo mundo, segundo o Anuário Pontifício publicado no último dia 20 com dados de 2008, a igreja católica pode parecer mais um exército altamente hierarquizado sob as ordens do papa do que uma multinacional lucrativa. E se não é uma empresa, do ponto de vista administrativo a igreja funciona ao contrário de um exército: as menores unidades são autônomas em relação às maiores.
Administrativamente, entenda-se. A doutrina é a mesma, os sacramentos são os mesmos. O objetivo é o mesmo: “Evangelizar e cultuar a Deus”, nas palavras do padre Helio Pereira de Campos Filho. Não é o tipo de coisa que você está acostumado a ouvir de um supervisor administrativo. Mas é essa função que o padre Helio exerce como superintendente da Comissão Administrativa Metropolitana, o órgão responsável pela administração da diocese de São Paulo. Uma diocese é a região sob a jurisdição de um bispo. Os padres ligados a ela são os diocesanos, ou seculares. Algumas ordens religiosas têm padres também, mas gerenciados por essas ordens, cada uma com suas regras específicas.
A estrutura administrativa básica da igreja é a diocese. A de São Paulo, mesmo sem atingir toda a cidade, é a terceira maior do mundo, atrás apenas das mexicanas de Guadalajara e da Cidade do México. Como é muito grande, a diocese de São Paulo é uma arquidiocese, e o arcebispo, o cardeal Dom Odilo Scherer, conta com bispos auxiliares para ajudá-lo a geri-la. Dom Odilo responde diretamente ao papa e tem sob suas ordens os padres que cuidam das 287 paróquias da cidade. “As paróquias são comunidades que chegaram à condição de sustentar suas atividades religiosas”, diz o padre Helio. E assim é que a igreja, hierárquica na obediência, funciona de baixo para cima na administração.
Carreira nada ousada
A paróquia é autônoma. Vive do dinheiro que os fiéis dão como dízimo, como oferta durante as missas ou como espórtula, o pagamento para realizar casamentos, missas votivas, batizados. Com esse dinheiro, o pároco paga as contas (de água, luz...), financia todo tipo de atividade que a paróquia realiza e retira sua parte. Não há vínculo empregatício entre o padre e a igreja. Assim, ele não recebe salário, mas uma remuneração chamada côngrua, que cresce de acordo com o tempo de ordenação, mas está longe de representar um plano de carreira sedutor. Do primeiro ao quinto ano depois de ordenado, o padre recebe, em São Paulo, o equivalente a 2,5 salários mínimos. Do quinto ao décimo quinto ano, a côngrua equivale a três salários mínimos. Do décimo quinto ao vigésimo quinto, quatro salários e, daí em diante, cinco salários. Mesmo que o padre tenha outra fonte de renda (sim, isso é permitido), com alguma função na cúria ou dando aulas, ou que ainda receba o aluguel de um imóvel, a recomendação é que viva com no máximo sete salários mínimos, ou R$ 3.570 mensais.
Se a paróquia gerar dinheiro suficiente, pode contratar empregados. Na Nossa Senhora do Brasil, são 15 os funcionários, que administram também duas creches. Se não tiver recursos para contratar, a paróquia muitas vezes recorre ao voluntariado, outra forma de doação dos fiéis, em forma de trabalho, como acontece na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, onde todas as tarefas são realizadas pelo padre Jaime, com ajuda dos fiéis da comunidade. Colombiano de nascimento, padre Jaime estudou filosofia e teologia. Morou na Itália e em Londres. Depois de ordenado, trabalhou no Quênia, no Equador e na Amazônia colombiana. Quando completou 60 anos, foi designado para a paróquia de Heliópolis, embora não desejasse começar do zero um projeto de evangelização na idade de se aposentar. “Meus parentes não gostaram nada da mudança”, afirma padre Jaime.
Como uma multinacional que envia dividendos à matriz, cada paróquia tem de repassar à cúria, o órgão que administra a diocese, uma certa quantia. Trata-se de um valor fixo, não uma porcentagem, decidida pela cúria levando em consideração a capacidade de cada paróquia. A mesma relação que a paróquia tem com a diocese, esta tem com o Vaticano. Anualmente há alguns dias em que a coleta, o dinheiro arrecadado nas missas, vai para a sede mundial da igreja. Dia 29 de junho, por exemplo, é o óbolo de São Pedro, e o dinheiro migra para a cúria romana.
Graça na desgraça
Graça na Desgraça. Você crê!
Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.
Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.
Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele.
Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.
Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.
Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
- Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar por completo. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
- Vamos rapaz?
Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
- Vamos rapaz, nós viemos te buscar...
- Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?
- Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.
Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.
Quantas vezes nossa "casa se queima" e nós gritamos como aquele homem gritou? Mas a Palavra de Deus, em Romanos 8,28, diz que todas as coisa contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.
Porém, às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo. É preciso crer e confiar!
Leitura Bíblica: 2 Coríntios 12 : 7 – 10
Pode existir graça na desgraça?
Certamente dentro da espera humana não há desgraça que tenha graça, mas dentro da espera divina, espera espiritual toda desgraça tem graça.
A experiência de Paulo descrita no texto que acabamos de ler, nos mostra:
1. A experiência de um homem que alcançou graça na desgraça.
2. Paulo tinha um espinho na carne que o fazia sofrer muito.
3. Por isso ele disse: "Foi-me dado um espinho para me esbofetear."
Que espinho terá sido esse?
1. Terá sido alguém da família que o tivesse abandonado?
2. Terá sido um sofrimento de natureza psíquica? Inquietação pelas igrejas sempre tão cheias de problemas?
3. Terá sido remorso pelo seu passado de terrível perseguidor? Especialmente pela sua participação no martírio de Estevão?
4. Terá sido uma doença física? Epiléptica? Enxaqueca crônica? Oftalmia?
5. A verdade é que ninguém sabe que espinho terá sido esse.
6. Tudo quanto se diga será mera especulação.
No seu infortúnio ele orou quantas vezes?
1. Três vezes pedindo alívio.
2. Qual foi a resposta de Deus?
3. A resposta de Deus foi surpreendente: "Paulo, a minha graça te basta".
4. Aquela desgraça continuaria mas com a graça da comunhão divina.
5. Isto é: Ele não sofreria sozinho.
Ele teria a presença divina para dividir com ele o peso daquela desgraça... daquele espinho.
Ilustração
Um pai certa vez deu um castigo ao filho: Dormir no sótão. Lá pela meia-noite o pai foi vê-lo. Encontrou o filho com os olhos arregalados.
"Me perdoe, papai. Deixe-me dormir na minha cama". "Não, filho. O castigo não pode ser alterado.
Você vai passar a noite aqui; mas o papai vem dormir com você".
É isto que Deus faz... Ele não tira as conseqüências, mas Ele promete estar conosco nas provações, nos sofrimentos.
Há provações passageiras e provações que vem para ficar e se ficam, precisam ser curtidas em câmara lenta... isto é, suportadas pacientemente.
1. E essas provações fazem parte da nossa preparação necessária para o céu.
2. Quais são os espinhos, as provações que mais nos afetam?
- As vezes um casamento infeliz.
- Uma família mal ajustada.
- Filhos que dão o que chorar.
- Um amor contrariado.
- Uma desilusão.
- Um empreendimento mal sucedido.
- Um objetivo malogrado.
- Uma aspiração insatisfeita.
- Uma doença incurável.
- Um defeito físico.
- Um troféu perdido.
- Uma saudade amarga.
- Um passado que marcou para o resto da vida.
- Um lar desfeito.
São muitos os espinhos que nos ferem sem parar.
. Mas o que nos alegra é a certeza da presença divina para dividir conosco o peso da nossa desgraça.
. O sofrimento do nosso espinho.
. Está alguém nesta hora sofrendo algum espinho? Alguma provação? Alguma desgraça?
. Lembre-se que o mesmo Deus que esteve com Paulo...
Com os três hebreus na fornalha...
Promete estar com você também.
. Confie nEle. / Amém.
Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.
Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.
Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele.
Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.
Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.
Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
- Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar por completo. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
- Vamos rapaz?
Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
- Vamos rapaz, nós viemos te buscar...
- Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?
- Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.
Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.
Quantas vezes nossa "casa se queima" e nós gritamos como aquele homem gritou? Mas a Palavra de Deus, em Romanos 8,28, diz que todas as coisa contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.
Porém, às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo. É preciso crer e confiar!
Leitura Bíblica: 2 Coríntios 12 : 7 – 10
Pode existir graça na desgraça?
Certamente dentro da espera humana não há desgraça que tenha graça, mas dentro da espera divina, espera espiritual toda desgraça tem graça.
A experiência de Paulo descrita no texto que acabamos de ler, nos mostra:
1. A experiência de um homem que alcançou graça na desgraça.
2. Paulo tinha um espinho na carne que o fazia sofrer muito.
3. Por isso ele disse: "Foi-me dado um espinho para me esbofetear."
Que espinho terá sido esse?
1. Terá sido alguém da família que o tivesse abandonado?
2. Terá sido um sofrimento de natureza psíquica? Inquietação pelas igrejas sempre tão cheias de problemas?
3. Terá sido remorso pelo seu passado de terrível perseguidor? Especialmente pela sua participação no martírio de Estevão?
4. Terá sido uma doença física? Epiléptica? Enxaqueca crônica? Oftalmia?
5. A verdade é que ninguém sabe que espinho terá sido esse.
6. Tudo quanto se diga será mera especulação.
No seu infortúnio ele orou quantas vezes?
1. Três vezes pedindo alívio.
2. Qual foi a resposta de Deus?
3. A resposta de Deus foi surpreendente: "Paulo, a minha graça te basta".
4. Aquela desgraça continuaria mas com a graça da comunhão divina.
5. Isto é: Ele não sofreria sozinho.
Ele teria a presença divina para dividir com ele o peso daquela desgraça... daquele espinho.
Ilustração
Um pai certa vez deu um castigo ao filho: Dormir no sótão. Lá pela meia-noite o pai foi vê-lo. Encontrou o filho com os olhos arregalados.
"Me perdoe, papai. Deixe-me dormir na minha cama". "Não, filho. O castigo não pode ser alterado.
Você vai passar a noite aqui; mas o papai vem dormir com você".
É isto que Deus faz... Ele não tira as conseqüências, mas Ele promete estar conosco nas provações, nos sofrimentos.
Há provações passageiras e provações que vem para ficar e se ficam, precisam ser curtidas em câmara lenta... isto é, suportadas pacientemente.
1. E essas provações fazem parte da nossa preparação necessária para o céu.
2. Quais são os espinhos, as provações que mais nos afetam?
- As vezes um casamento infeliz.
- Uma família mal ajustada.
- Filhos que dão o que chorar.
- Um amor contrariado.
- Uma desilusão.
- Um empreendimento mal sucedido.
- Um objetivo malogrado.
- Uma aspiração insatisfeita.
- Uma doença incurável.
- Um defeito físico.
- Um troféu perdido.
- Uma saudade amarga.
- Um passado que marcou para o resto da vida.
- Um lar desfeito.
São muitos os espinhos que nos ferem sem parar.
. Mas o que nos alegra é a certeza da presença divina para dividir conosco o peso da nossa desgraça.
. O sofrimento do nosso espinho.
. Está alguém nesta hora sofrendo algum espinho? Alguma provação? Alguma desgraça?
. Lembre-se que o mesmo Deus que esteve com Paulo...
Com os três hebreus na fornalha...
Promete estar com você também.
. Confie nEle. / Amém.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
BLOG DA DILMA: Os negócios bilionários da telefonia
BLOG DA DILMA: Os negócios bilionários da telefonia: "O prof. Luiz Carlos Bresser Pereira diz, em artigo publicado hoje, que o Brasil cometeu uma grande tolice: privatizou a telefonia fixa e móv..."
terça-feira, 13 de julho de 2010
reforma politica
MANIFESTO POR UMA REFORMA POLÍTICA AMPLA, DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
As Entidades que compõe a Plataforma dos Movimentos Sociais para a Reforma do Sistema Político no Brasil apresentam este manifesto sobre a Reforma Política e a atuação do Congresso no tema.
Desde 2005 a Plataforma trabalha um projeto de Reforma Política mais ampla do que a Reforma Eleitoral, englobando uma verdadeira reforma do Estado, necessária para que a democracia seja efetivamente exercida pelos/as cidadãos/ãs, principalmente quanto à possibilidade de participação popular e a ampliação dos seus instrumentos. Uma Reforma Política que mude as formas de se pensar e fazer política, portanto das formas de exercer o Poder.
A Reforma Política debatida no congresso está muito aquém dos anseios dos movimentos sociais, da sociedade civil organizada e da população de modo geral. Num primeiro momento se limitando a lista pré-ordenada, financiamento público de campanha e fidelidade partidária (pontos essenciais para uma reforma eleitoral) e agora reduzindo mais ainda o seu escopo com o Projeto de Lei do Deputado Flávio Dino. O referido Projeto de Lei trata apenas de normas para as eleições e que em muitos casos já foram normatizadas pela Justiça Eleitoral. Repudiamos isso ser chamado de reforma política.
Entendemos que uma verdadeira reforma política tem que ser mais ampla e abrangente. Neste sentido destacamos alguns itens que defendemos: fortalecimento da democracia direta e participativa com uma nova regulamentação do art. 14 da Constituição Federal de 1988, que trata dos mecanismos de democracia direta e a criação do sistema integrado de participação popular; aperfeiçoamento da democracia representativa e democratização da comunicação e do Poder Judiciário.
Em relação à democracia representativa defendemos, entre vários pontos, o financiamento público exclusivo e a lista pré-ordenada com alternância de gênero e respeito à diversidade étnica. Apesar das críticas a estas propostas, principalmente dos meios de comunicação, de parte da academia e de vários partidos e parlamentares, acreditamos serem fundamentais. Aqui cabem alguns esclarecimentos:
1.Mesmo sabendo da possibilidade de maior concentração de poder aos líderes partidários com a lista pré-ordenada, entendemos que é a solução possível para a implantação do financiamento público de campanha exclusivo, item que consideramos importante para moralização das campanhas eleitorais e que poderia ser controlado com a exigência de maior participação dos filiados nas escolhas dos candidatos nas convenções.
2.Faz-se necessário também uma distribuição equânime das vagas contemplando relações de (o) gênero e as minorias no Congresso, estabelecendo paridade entre homens e mulheres e garantindo participação dos afro(s) descendentes e índios, entre outros segmentos. Só assim diminuiremos o abismo existente entre a representação atual e estes segmentos.
Vale lembrar que as campanhas eleitorais hoje têm financiamento misto, sendo parte financiada pela iniciativa privada e parte pública, incluindo o fundo partidário e a isenção de impostos às emissoras de rádio e televisão para a transmissão do horário eleitoral “gratuito”. Defendemos que a atividade política não pode ser financiada pelo dinheiro privado.
Com a inércia do Congresso e a reprovação pelos órgãos de imprensa, nem estes itens da Reforma Política tem avançado, deixando mais uma vez os cidadãos brasileiros frustrados, crescendo o perigoso descrédito na política, nos políticos e nas instituições.
Reiteramos a urgência e extrema necessidade da imediata realização da Reforma Política ampla antecedida por amplos debates e com a implantação de mecanismos de participação popular para exercício da plena cidadania.
Nossas propostas podem ser encontradas em nossa Plataforma no site e está aberta para sugestões e participação.http://www.rpj.org.br/
Plataforma dos movimentos sociais pela reforma do sistema político
Integram a plataforma a seguintes articulações:
1.ABONG – Associação Brasileira de ONGs
2.AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras
3.AMNB – Articulação de Mulheres Negras Brasileiras
4.ACB – Associação dos Cartunistas do Brasil
5.Campanha Nacional pelo Direito a Educação
6.CEAAL – Conselho Latino Americano de Educação
7.CNLB – Conselho Nacional do Laicato do Brasil
8.Comitê da Escola de Governo de São Paulo da Campanha em Defesa da República e da Democracia
9.FAOC – Fórum da Amazônia Ocidental
10.FAOR – Fórum da Amazônia Oriental
11.FBO – Fórum Brasil do Orçamento
12.FENDH – Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos
13.FES – Fundação Friedrich Ebert
14.Fórum de Reflexão Política,
15.Fórum Mineiro pela Reforma Política Ampla, Democrática e Participativa
16.FNPP – Fórum Nacional de Participação Popular
17.FPPP - Fórum Paulista de Participação Popular
18.FNRU – Fórum Nacional da Reforma Urbana
19.INTERVOZES – Coletivo Brasil de comunicação social
20.LBL – Liga Brasileira de lésbicas
21. MEB – Movimento Evangélico Progressista
22.MCCE – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
23.MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos
24.Movimento Pró-reforma Política com Participação Popular
25.Observatório da Cidadania
26.PAD – Processo de Diálogo e Articulação de Agências Ecumênicas e Organizações Brasileiras
27.Rede Brasil Sobre Instituições Financeiras Multilaterais
28.REBRIP – Rede Pela Integração dos Povos
29.Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
As Entidades que compõe a Plataforma dos Movimentos Sociais para a Reforma do Sistema Político no Brasil apresentam este manifesto sobre a Reforma Política e a atuação do Congresso no tema.
Desde 2005 a Plataforma trabalha um projeto de Reforma Política mais ampla do que a Reforma Eleitoral, englobando uma verdadeira reforma do Estado, necessária para que a democracia seja efetivamente exercida pelos/as cidadãos/ãs, principalmente quanto à possibilidade de participação popular e a ampliação dos seus instrumentos. Uma Reforma Política que mude as formas de se pensar e fazer política, portanto das formas de exercer o Poder.
A Reforma Política debatida no congresso está muito aquém dos anseios dos movimentos sociais, da sociedade civil organizada e da população de modo geral. Num primeiro momento se limitando a lista pré-ordenada, financiamento público de campanha e fidelidade partidária (pontos essenciais para uma reforma eleitoral) e agora reduzindo mais ainda o seu escopo com o Projeto de Lei do Deputado Flávio Dino. O referido Projeto de Lei trata apenas de normas para as eleições e que em muitos casos já foram normatizadas pela Justiça Eleitoral. Repudiamos isso ser chamado de reforma política.
Entendemos que uma verdadeira reforma política tem que ser mais ampla e abrangente. Neste sentido destacamos alguns itens que defendemos: fortalecimento da democracia direta e participativa com uma nova regulamentação do art. 14 da Constituição Federal de 1988, que trata dos mecanismos de democracia direta e a criação do sistema integrado de participação popular; aperfeiçoamento da democracia representativa e democratização da comunicação e do Poder Judiciário.
Em relação à democracia representativa defendemos, entre vários pontos, o financiamento público exclusivo e a lista pré-ordenada com alternância de gênero e respeito à diversidade étnica. Apesar das críticas a estas propostas, principalmente dos meios de comunicação, de parte da academia e de vários partidos e parlamentares, acreditamos serem fundamentais. Aqui cabem alguns esclarecimentos:
1.Mesmo sabendo da possibilidade de maior concentração de poder aos líderes partidários com a lista pré-ordenada, entendemos que é a solução possível para a implantação do financiamento público de campanha exclusivo, item que consideramos importante para moralização das campanhas eleitorais e que poderia ser controlado com a exigência de maior participação dos filiados nas escolhas dos candidatos nas convenções.
2.Faz-se necessário também uma distribuição equânime das vagas contemplando relações de (o) gênero e as minorias no Congresso, estabelecendo paridade entre homens e mulheres e garantindo participação dos afro(s) descendentes e índios, entre outros segmentos. Só assim diminuiremos o abismo existente entre a representação atual e estes segmentos.
Vale lembrar que as campanhas eleitorais hoje têm financiamento misto, sendo parte financiada pela iniciativa privada e parte pública, incluindo o fundo partidário e a isenção de impostos às emissoras de rádio e televisão para a transmissão do horário eleitoral “gratuito”. Defendemos que a atividade política não pode ser financiada pelo dinheiro privado.
Com a inércia do Congresso e a reprovação pelos órgãos de imprensa, nem estes itens da Reforma Política tem avançado, deixando mais uma vez os cidadãos brasileiros frustrados, crescendo o perigoso descrédito na política, nos políticos e nas instituições.
Reiteramos a urgência e extrema necessidade da imediata realização da Reforma Política ampla antecedida por amplos debates e com a implantação de mecanismos de participação popular para exercício da plena cidadania.
Nossas propostas podem ser encontradas em nossa Plataforma no site e está aberta para sugestões e participação.http://www.rpj.org.br/
Plataforma dos movimentos sociais pela reforma do sistema político
Integram a plataforma a seguintes articulações:
1.ABONG – Associação Brasileira de ONGs
2.AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras
3.AMNB – Articulação de Mulheres Negras Brasileiras
4.ACB – Associação dos Cartunistas do Brasil
5.Campanha Nacional pelo Direito a Educação
6.CEAAL – Conselho Latino Americano de Educação
7.CNLB – Conselho Nacional do Laicato do Brasil
8.Comitê da Escola de Governo de São Paulo da Campanha em Defesa da República e da Democracia
9.FAOC – Fórum da Amazônia Ocidental
10.FAOR – Fórum da Amazônia Oriental
11.FBO – Fórum Brasil do Orçamento
12.FENDH – Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos
13.FES – Fundação Friedrich Ebert
14.Fórum de Reflexão Política,
15.Fórum Mineiro pela Reforma Política Ampla, Democrática e Participativa
16.FNPP – Fórum Nacional de Participação Popular
17.FPPP - Fórum Paulista de Participação Popular
18.FNRU – Fórum Nacional da Reforma Urbana
19.INTERVOZES – Coletivo Brasil de comunicação social
20.LBL – Liga Brasileira de lésbicas
21. MEB – Movimento Evangélico Progressista
22.MCCE – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
23.MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos
24.Movimento Pró-reforma Política com Participação Popular
25.Observatório da Cidadania
26.PAD – Processo de Diálogo e Articulação de Agências Ecumênicas e Organizações Brasileiras
27.Rede Brasil Sobre Instituições Financeiras Multilaterais
28.REBRIP – Rede Pela Integração dos Povos
29.Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
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