sexta-feira, 20 de agosto de 2010

falta bombeiros no estado de São Paulo

Faltam bombeiros no Estado de São Paulo
O Brasil não tem bombeiros suficientes para a segurança da população. “O Estado de São Paulo todo tem quase o mesmo número de bombeiros de Brasília, que tem uma população bem menor”, alertou o pesquisador e Coronel da Reserva, Paulo Chaves de Araujo, diretor do Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio, em reunião com o deputado Donisete Braga, esta semana.

O Coronel pediu apoio ao deputado para que bombeiros particulares e voluntários – bombeiros civis – continuem a ser chamados de bombeiros. Segundo ele, o governo estadual está prestes a assinar um decreto tratando do tema Bombeiros e nele pretende contrariar, segundo o Coronel, a Lei Federal 11.901/09 substituindo a definição de Bombeiro Civil por Brigada Particular ou Brigadista particular.

Explica que no Brasil, os bombeiros civis – existem desde 1892, tendo iniciado em Joinville, município que hoje contem uma contingente populacional de 478 mil habitantes e possui 10 postos dos bombeiros civil voluntários, mais do que o dobro do Corpo de Bombeiros Militares em Guarulhos – SP com uma população de mais de 1 milhão de pessoas.

“O Coronel trouxe dados importantes, que apontam a necessidade de tomarmos medidas no sentido de não só ampliar o número de Bombeiros Militares, mas também apoiar as iniciativas dos Bombeiros Civis”, disse o deputado.

Veja os dados

Há alguns exemplos de municípios paulistas, conforme levantamento do pesquisador, com grandes populações e que não possuem quartel de bombeiros:

Carapicuíba, município com 343.668 habitantes na Região Metropolitana de São Paulo não possui Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e depende do atendimento do município de Osasco, que com 696 mil habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.

Embu, com 234.200 habitantes e Taboão da Serra, com 216.900 habitantes, municípios na Região Metropolitana São Paulo, não possuem Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e dependem do atendimento do município de Itapecerica da Serra que com 152.300 habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.

Itapevi, com 190.400 e Francisco Morato, com 159.300, municípios na Região Metropolitana São Paulo, não possuem Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e dependem do atendimento do município de Barueri que com 248.000 habitantes possui apenas um quartel de bombeiros.

Diadema, município com uma população de 383.600 habitantes possui apenas um quartel do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Lá, em 27 de março de 2009, ocorreu o incêndio na Indústria Química Di-All, destruindo várias residências em volta.

As Normas Internacionais recomendam um tempo resposta de no máximo cinco minutos para o atendimento a um incêndio. No caso do incêndio na Indústria Química Di-All em Diadema, segundo o Jornal Folha de São Paulo de 28-03-09, o tempo resposta foi de dez minutos.

Números do Estado de SP comparado com outros

São Paulo, o estado de maior população e maior orçamento do Brasil, que possui 645 municípios, possui cerca de 9.800 Bombeiros da Polícia Militar.

Só a cidade de Brasília possui cerca de 9.200 Bombeiros no Corpo de Bombeiros Militar

Rio de Janeiro, que possui 93 municípios, tem cerca de 18 mil Bombeiros no Corpo de Bombeiros Militar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Igreja catolica

A Igreja Católica tem metas e critérios espirituais, mas lida com uma gigantesca estrutura de pessoal e emprega um engenhoso sistema de gestão financeira. Entenda como funciona o RH dessa multinacional da fé
Por Karla Spotorno e Marcelo Musa Cavallari

A igreja Nossa Senhora do Brasil, localizada num dos bairros mais elegantes de São Paulo, não tem mais datas disponíveis para casamento até o fim de 2010. No escritório com ar-condicionado, o vigário paroquial Anderson Banzatto, 27 anos, já está gerenciando, no notebook conectado à internet, os casamentos que só ocorrerão no ano que vem, sob a bela arquitetura da igreja, que atrai até turistas estrangeiros. Na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, uma das áreas mais carentes da Zona Sul de São Paulo, o padre Jaime Antônio Diaz Cadavid, 63 anos, recebe as pessoas nos bancos da igreja, uma construção simples que lembra um pequeno galpão. Não há escritório. Muito menos ar-condicionado e computador. Fosse uma empresa, a igreja católica talvez fechasse Santa Paulina, cuja receita gira em torno de R$ 2 mil por mês. Já o pároco da Nossa Senhora do Brasil receberia um generoso bônus.

Mas não é esse tipo de resultado que entra em consideração quando se trata de administrar a igreja. Com seus 5 mil bispos, 409.166 sacerdotes e 739.067 religiosos espalhados pelo mundo, segundo o Anuário Pontifício publicado no último dia 20 com dados de 2008, a igreja católica pode parecer mais um exército altamente hierarquizado sob as ordens do papa do que uma multinacional lucrativa. E se não é uma empresa, do ponto de vista administrativo a igreja funciona ao contrário de um exército: as menores unidades são autônomas em relação às maiores.

Administrativamente, entenda-se. A doutrina é a mesma, os sacramentos são os mesmos. O objetivo é o mesmo: “Evangelizar e cultuar a Deus”, nas palavras do padre Helio Pereira de Campos Filho. Não é o tipo de coisa que você está acostumado a ouvir de um supervisor administrativo. Mas é essa função que o padre Helio exerce como superintendente da Comissão Administrativa Metropolitana, o órgão responsável pela administração da diocese de São Paulo. Uma diocese é a região sob a jurisdição de um bispo. Os padres ligados a ela são os diocesanos, ou seculares. Algumas ordens religiosas têm padres também, mas gerenciados por essas ordens, cada uma com suas regras específicas.

A estrutura administrativa básica da igreja é a diocese. A de São Paulo, mesmo sem atingir toda a cidade, é a terceira maior do mundo, atrás apenas das mexicanas de Guadalajara e da Cidade do México. Como é muito grande, a diocese de São Paulo é uma arquidiocese, e o arcebispo, o cardeal Dom Odilo Scherer, conta com bispos auxiliares para ajudá-lo a geri-la. Dom Odilo responde diretamente ao papa e tem sob suas ordens os padres que cuidam das 287 paróquias da cidade. “As paróquias são comunidades que chegaram à condição de sustentar suas atividades religiosas”, diz o padre Helio. E assim é que a igreja, hierárquica na obediência, funciona de baixo para cima na administração.

Carreira nada ousada

A paróquia é autônoma. Vive do dinheiro que os fiéis dão como dízimo, como oferta durante as missas ou como espórtula, o pagamento para realizar casamentos, missas votivas, batizados. Com esse dinheiro, o pároco paga as contas (de água, luz...), financia todo tipo de atividade que a paróquia realiza e retira sua parte. Não há vínculo empregatício entre o padre e a igreja. Assim, ele não recebe salário, mas uma remuneração chamada côngrua, que cresce de acordo com o tempo de ordenação, mas está longe de representar um plano de carreira sedutor. Do primeiro ao quinto ano depois de ordenado, o padre recebe, em São Paulo, o equivalente a 2,5 salários mínimos. Do quinto ao décimo quinto ano, a côngrua equivale a três salários mínimos. Do décimo quinto ao vigésimo quinto, quatro salários e, daí em diante, cinco salários. Mesmo que o padre tenha outra fonte de renda (sim, isso é permitido), com alguma função na cúria ou dando aulas, ou que ainda receba o aluguel de um imóvel, a recomendação é que viva com no máximo sete salários mínimos, ou R$ 3.570 mensais.

Se a paróquia gerar dinheiro suficiente, pode contratar empregados. Na Nossa Senhora do Brasil, são 15 os funcionários, que administram também duas creches. Se não tiver recursos para contratar, a paróquia muitas vezes recorre ao voluntariado, outra forma de doação dos fiéis, em forma de trabalho, como acontece na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, onde todas as tarefas são realizadas pelo padre Jaime, com ajuda dos fiéis da comunidade. Colombiano de nascimento, padre Jaime estudou filosofia e teologia. Morou na Itália e em Londres. Depois de ordenado, trabalhou no Quênia, no Equador e na Amazônia colombiana. Quando completou 60 anos, foi designado para a paróquia de Heliópolis, embora não desejasse começar do zero um projeto de evangelização na idade de se aposentar. “Meus parentes não gostaram nada da mudança”, afirma padre Jaime.

Como uma multinacional que envia dividendos à matriz, cada paróquia tem de repassar à cúria, o órgão que administra a diocese, uma certa quantia. Trata-se de um valor fixo, não uma porcentagem, decidida pela cúria levando em consideração a capacidade de cada paróquia. A mesma relação que a paróquia tem com a diocese, esta tem com o Vaticano. Anualmente há alguns dias em que a coleta, o dinheiro arrecadado nas missas, vai para a sede mundial da igreja. Dia 29 de junho, por exemplo, é o óbolo de São Pedro, e o dinheiro migra para a cúria romana.

Graça na desgraça

Graça na Desgraça. Você crê!

Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.

Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele.

Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.

Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:

- Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar por completo. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?

Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:

- Vamos rapaz?

Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:

- Vamos rapaz, nós viemos te buscar...

- Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?

- Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.

Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.
Quantas vezes nossa "casa se queima" e nós gritamos como aquele homem gritou? Mas a Palavra de Deus, em Romanos 8,28, diz que todas as coisa contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.

Porém, às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo. É preciso crer e confiar!

Leitura Bíblica: 2 Coríntios 12 : 7 – 10

Pode existir graça na desgraça?

Certamente dentro da espera humana não há desgraça que tenha graça, mas dentro da espera divina, espera espiritual toda desgraça tem graça.

A experiência de Paulo descrita no texto que acabamos de ler, nos mostra:

1. A experiência de um homem que alcançou graça na desgraça.

2. Paulo tinha um espinho na carne que o fazia sofrer muito.

3. Por isso ele disse: "Foi-me dado um espinho para me esbofetear."

Que espinho terá sido esse?

1. Terá sido alguém da família que o tivesse abandonado?

2. Terá sido um sofrimento de natureza psíquica? Inquietação pelas igrejas sempre tão cheias de problemas?

3. Terá sido remorso pelo seu passado de terrível perseguidor? Especialmente pela sua participação no martírio de Estevão?

4. Terá sido uma doença física? Epiléptica? Enxaqueca crônica? Oftalmia?

5. A verdade é que ninguém sabe que espinho terá sido esse.

6. Tudo quanto se diga será mera especulação.

No seu infortúnio ele orou quantas vezes?

1. Três vezes pedindo alívio.

2. Qual foi a resposta de Deus?

3. A resposta de Deus foi surpreendente: "Paulo, a minha graça te basta".

4. Aquela desgraça continuaria mas com a graça da comunhão divina.

5. Isto é: Ele não sofreria sozinho.

Ele teria a presença divina para dividir com ele o peso daquela desgraça... daquele espinho.

Ilustração

Um pai certa vez deu um castigo ao filho: Dormir no sótão. Lá pela meia-noite o pai foi vê-lo. Encontrou o filho com os olhos arregalados.

"Me perdoe, papai. Deixe-me dormir na minha cama". "Não, filho. O castigo não pode ser alterado.

Você vai passar a noite aqui; mas o papai vem dormir com você".

É isto que Deus faz... Ele não tira as conseqüências, mas Ele promete estar conosco nas provações, nos sofrimentos.

Há provações passageiras e provações que vem para ficar e se ficam, precisam ser curtidas em câmara lenta... isto é, suportadas pacientemente.

1. E essas provações fazem parte da nossa preparação necessária para o céu.

2. Quais são os espinhos, as provações que mais nos afetam?

- As vezes um casamento infeliz.

- Uma família mal ajustada.

- Filhos que dão o que chorar.

- Um amor contrariado.

- Uma desilusão.

- Um empreendimento mal sucedido.

- Um objetivo malogrado.

- Uma aspiração insatisfeita.

- Uma doença incurável.

- Um defeito físico.

- Um troféu perdido.

- Uma saudade amarga.

- Um passado que marcou para o resto da vida.

- Um lar desfeito.

São muitos os espinhos que nos ferem sem parar.

. Mas o que nos alegra é a certeza da presença divina para dividir conosco o peso da nossa desgraça.

. O sofrimento do nosso espinho.

. Está alguém nesta hora sofrendo algum espinho? Alguma provação? Alguma desgraça?

. Lembre-se que o mesmo Deus que esteve com Paulo...
Com os três hebreus na fornalha...
Promete estar com você também.

. Confie nEle. / Amém.