sábado, 5 de setembro de 2015

Demore o tempo que for para decidir o que você quer da vida, e depois que decidir não recue ante nenhum pretexto, porque o mundo tentará te dissuadir..” 
Friedrich Nietzsche

CORPORATIVISMO ECLESIÁSTICO

Definição de Corporativiismo: É uma atitude que se toma objetivando a defesa dos interesses ou privilégios de um determinado segmento da sociedade, em prejuízo do interesse da coletividade.
Distanciando-se do seu sentido original, o corporativismo recebeu um sentido pejorativo ao ser empregado pelas instituições associativas com o objetivo de proteger mais os privilégios do que os direitos de seus componentes ou associados.
Trocando em miúdos, é quando se espera um posicionamento ético da instituição, e nada é feito para revelar a realidade dos fatos, pelo contrário, tudo é feito para acobertar e esconder os desvios de conduta de seus pares. Esta atitude sempre poe a instituição em descrédito.
E o Corporativismo Eclesiástico?
É a mesma "pizza", só que dentro das instituições religiosas.
Infelizmente, muitas dessas instituições (falo aqui das evangélicas) exercem o corporativismo de forma descarada e imoral, negligenciando o fato de que Deus ama a justiça e o direito (Sl 33:5; 1Jo 3:7).
Isto acontece com frequência quando a reclamação é contra um pastor, principalmente quando é o pastor presidente da entidade.
Quando os membros tomam conhecimento de indícios de irregularidades na forma que o presidente administra a instituição, sem ética e em muitos casos até ilegalmente; e que esse tem atitudes incompatíveis com a de um líder eclesiástico, tais como: infidelidade conjugal, engano, desvio de conduta moral, desvio de recursos, utilização abusiva de benefícios, os transformando em regalias e mordomias, caixa 2, envolvimento em negócios ilícitos, coação de testemunhas, ameaças, e tantas outras irregularidades, esses deveriam exigir todos os esclarecimentos necessários, mas tem sobre si a mão que opera a centralização de toda decisão relacionada à instituição, que despreza a voz e o direito de opinião dos demais membros.
O pior é quando esses membros se acomodam com a situação, por conivência, por medo , coação ou covardia, passando a compactuar com o erro.
Deixam, assim, de exercer a justiça exigida por Deus. E esses muitos, contagiam outros tantos.
Quando um dos membros decide, legítima e ordeiramente, pedir explicações e ou apresentar propostas que visam acrescentar lisura nos processos, esse tal é visto como rebelde, mundano e agitador, e então, é empurrado e ou expulso da instituição, sem que haja um posicionamento correto e isento, daqueles que deveriam ser os guardiões dos princípios ético-cristãos, mas preferem se calar por causa de um cargo ou de um salário.
É vergonhoso! Muitas instituições eclesiásticas estão igualando-se às instituições seculares, deixando prevalecer em seu meio, em seu relacionamento, a corrupção, o engodo, a injustiça, a mentira e a hipocrisia.
E nós de que lado estamos?
Amados irmãos em Cristo, vamos praticar a justiça, falar a verdade doa a quem doer!
"Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do malígno" (Mt 5:37).